A exploração capitalista atinge milhões de crianças no Brasil e recai principalmente sobre o Nordeste, região mais pobre do país.
Dos cinco primeiros estados no ranking do
trabalho infantil quatro se encontram na região mais pobre do paísO nordeste, um das regiões mais pobres do país, concentra os principais índices de exploração do trabalho infantil. Segundo dados do IBGE dos cinco primeiros estados na lista quatro pertencem ao nordeste. O primeiro da lista é o estado de Minas gerais com cerca de 306.090, seguido dos estados nordestinos: Bahia (291.818), Ceará (216.893), Maranhão (197.096), Pernambuco (196.152).A situação é calamitosa na zona rural do Nordeste. “O trabalho ilegal de crianças mantém-se predominantemente agrícola e concentrado no Nordeste.
Confira a tabela publicada no jornal Diário do Nordeste em 10/06/2008
Entre os 2,7 milhões de trabalhadores entre 5 e 15 anos, 1,4 milhão estavam na atividade agrícola e aproximadamente 776 mil estavam ocupados na agricultura em estados nordestinos” (IBGE Síntese de Indicadores Sociais, 2007.)
O financiamento do governo Lula aos latifundiários do Nordeste para a produção do etanol, ou para os empresários do agronegócio aumenta a miséria da juventude. Grande parte da produção das usinas no Brasil, nas de cana-de-açúcar, cerca de 70%, vira álcool, com subsídios da Petrobrás, o que faz do governo brasileiro um parceiro aberto da escravidão e da exploração da mão-de-obra infantil nos campos de cana, assim a exploração infantil uma vez que os latifundiários se beneficiam com o produto do trabalho escravo e do trabalho infantil, muito abaixo do custo.
O subemprego e o desemprego que atinge milhões de trabalhadores da cidade, a inflação que na ultima década cresceu 200% e os míseros salários contribuem violentamente para a exploração trabalho infantil uma vez que as crianças são obrigadas a trabalharem para complementar a renda familiar. “Na faixa de 10 a 17 anos, a Síntese mostra que cerca de 235 mil crianças e adolescentes trabalhavam na via pública. Já entre os jovens de 16 e 17 anos, o trabalho é predominantemente não-agrícola, representando 72,2% do total (1,7 milhão)” (idem).O sucateamento da educação promovidos a décadas pelos sucessivos governo de FHC e Lula contribui para a barbárie da exploração da juventude. No mesmo documento o IBGE aponta que Apenas 7,4% das crianças das famílias mais pobres freqüentavam creches. “A pesquisa apontou, também, que o rendimento das famílias influiu no acesso e na permanência dos 48,4 milhões de crianças e jovens com até 14 anos na escola. Grande parcela das famílias (40,4%) com crianças e jovens nesta faixa estavam, em 2006, entre as mais pobres do país, com rendimento mensal per capita de até ½ salário mínimo. Esta situação é mais preocupante no Nordeste, onde 63,1% de famílias com crianças até 14 anos de idade estavam na faixa mais baixa de rendimento, resultado da conjugação de uma fecundidade mais elevada e de um nível maior de pobreza. Em Alagoas (69,2%), Ceará (67,6%) e Piauí (66%), a maioria das famílias com crianças ou adolescentes pertenciam a menor faixa de rendimento” (...) Mais da metade (50,6%) dos jovens entre 18 e 19 anos trabalhavam, dos quais apenas 20% conciliavam o trabalho com os estudos.” (Idem). Sem sombra de dúvidas a juventude é um dos setores mais exploração da população .Mais da metade cerca de54,5% dos jovens de 16 aos 24 anos recebem até um salário mínimo e cumprindo uma jornada de 40 a 44 horas semanais.A luta contra o trabalho infantil é a luta de todos os oprimidos pelo regime burguês. Neste sentido, a juventude deve se unir ao movimento operário, camponês contra o governo Lula que para manter o lucro dos parasitas sociais aumenta a expropriação dos trabalhadores, que vai do sucateamento da educação, do aumento da jornada, passando pela redução salarial, até a barbárie da exploração do trabalho infantil.
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